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16/09/2017

[Resenha] A Cidade das Máscaras

Livro: A Cidade das Máscaras (A Biblioteca Invisível #2)
Autora: Genevieve Cogman
Editora: Morro Branco
Páginas: 400
🌟🌟🌟🌟
Sinopse: "Irene está trabalhando como espiã em uma Londres Vitoriana, coletando importantes livros de ficção para a misteriosa Biblioteca, quando Kai é sequestrado.
A origem enigmática de seu assistente significa que ele tem aliados e inimigos igualmente poderosos, e seu sequestro só pode significar uma coisa: guerra entre as forças da ordem e do caos, capaz de destruir mundos inteiros.
Para manter a humanidade longe do fogo cruzado – e salvar Kai de uma morte certa –, Irene terá que fazer aliados duvidosos e viajar até as profundezas de uma Veneza repleta de magia negra e estranhas coincidências, onde é sempre Carnaval. Lá, ela precisará lutar, mentir e chantagear seres poderosos. Ou enfrentar consequências fatais."



RESENHA:

E a continuação de A Biblioteca Invisível não decepciona!
A narrativa continua rápida e excitante, sendo impossível largar a leitura até sabermos o que vai acontecer com Irene.

Nesse volume, Genevieve fornece informações mais precisas sobre o mundo de Irene. Ordem e Caos são elementos importantes e, aqui, podemos perceber com mais clareza como eles influenciam os diversos mundos.
Quem já conhece Irene, ficará feliz em saber que a malandragem e o sarcasmo dela continuam ali, trazendo diversão e uma certa leveza para a trama. Com Kai fora de ação (infelizmente!) e Vale com atitudes controversas, Irene praticamente carrega esse livro nas costas, e a autora se utiliza de todo o carisma da personagem para levar a narrativa adiante.

Há uma sensação de perigo durante todo o tempo, e é divertido ver como Irene é safa nas diversas situações. Outra coisa que foi mais explorada aqui foi a Linguagem. Há uma explicação maior sobre seu funcionamento (algo que eu realmente tinha ficado na dúvida no livro anterior), e isso é positivo. Mas, ao mesmo tempo, há muito poder na Linguagem, e me preocupa se haverá um limite quanto a isso. Ora, se a Linguagem é tão potente e funciona quase como um Deus, tudo poderia ser resolvido com Ela, não? Espero que essa questão seja melhor explorada nos próximos livros.

Alguns personagens que já conhecemos ganham contornos mais firmes nesse segundo volume. Kai, mesmo estando ausente da narrativa durante boa parte do tempo, é um deles. Conhecemos mais sobre sua família, e como sua espécie lida com o mundo, como Ordem e Caos interferem fortemente nele.
Até mesmo Lorde Silver ganha mais destaque,e ele acaba sendo um personagem importante para a conexão do leitor com o universo dos feericos. Gostando ou não do personagem, ele é a nossa porta de entrada para conhecermos melhor sua espécie.

A ausência de alguns personagens me incomodou um pouco. Mesmo Irene sendo uma personagem boa o bastante para levar a história sozinha, senti como se houvesse uma lacuna. Pode ser que tenha uma expectativa minha envolvida aqui, reconheço.

Sobre a escrita, achei que Genevieve pesou mais a mão do que o livro anterior. A narrativa é mais descritiva, mas mantem o tom leve ainda assim. Acho que é uma evolução importante, já que essa série contará com quatro livros, e claramente vemos mais densidade nos personagens e aprofundamento na história.



Vale ressaltar o trabalho impecável da Editora Morro Branco. Além da edição estar linda, temos mais informações sobre a Biblioteca, através de alguns apêndices. É bem interessante, porque isso torna a história mais real, é como se o universo criado, de fato, existisse. Sem contar que, do ponto de vista de Irene, não são apêndices maçantes, e sim bastante divertidos, com complementos e curiosidades sobre a nossa protagonista.

A Cidade das Máscaras é uma bela continuação, com uma ampliação do universo retratado no livro anterior, e aprofundamento de alguns personagens. Mantém o nível do primeiro livro com facilidade, e deixa pontas soltas para a próxima leitura.


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